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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Poetas influenciados por Kerouac comentam o filme Na Estrada.


Poetas influenciados por Kerouac comentam o filme Na Estrada.

Em Na Estrada, filme de Walter Salles que estréia hoje, dia 13, no Brasil, um tipo de cena se repete por toda a obra (calma, não haverá qualquer sinal de spoiler): os amigos Sal e Dean saem sem rumo pelas ruas e, depois de se abastecerem de drogas, desbravam as noites dos anos 40. Na sequência, como um ciclo, tudo se transforma em jazz, sexo e poesia.
Sal, que é nada menos que o alterego de Jack Kerouac (1922 – 1969), escritor do livro que inspirou o longa-metragem, dizia que aquilo era parte de seu projeto literário. Na época com 26 anos e um exemplar de Em Busca do Tempo de Perdido embaixo do braço, ele queria vivenciar diversas e intensas experiências para poder transpô-las no papel. Só assim, sentindo na pele os fatos, afirmava, poderia escrever sobre eles.
Algo parecido ocorreria com outro grupo em São Paulo, pouco depois, nos anos 60.  Roberto Piva, Antonio De Franceschi, Roberto Bicelli e Claudio Willer, chamados mais tarde de “poetas malditos”, ganharam a alcunha por levarem muito a sério essa relação entre experiência pessoal e escrita. Contra os preceitos conservadores da época, invadiam festas, roubavam livros e se envolviam numa série de, digamos assim, loucuras literárias. “Só acredito em poeta experimental que tenha vida experimental”, dizia Piva, falecido em 2010.


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